quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ai ai... O Chefe Cordeiro abandonou o restaurante... E eu fiquei doente...


Comecei a frequentar o Restaurante Chefe Cordeiro no início deste ano de 2014 e a minha opinião era de que os pratos servidos tinham muita qualidade e os ingredientes eram frescos. A combinação dos ingredientes e sabores era perfeita, só faltavam algumas entradas mais complexas. O chefe estava presente na maioria dos dias e os empregados sabiam servir. Eu frequentava cerca de uma vez por semana. 

Em poucos meses tudo mudou, o chefe desapareceu, os empregados de mesa servem mal, discutem uns com os outros em pleno restaurante. O pior foi quando a comida piorou. 

Num dia serviram-me uma sopa de Sesimbra que era só sal, até ao fim do dia não consegui tirar o salgado da boca. 

Na vez seguinte pedi a raia com manteiga noisette, demorou cerca de uma hora e meia a ser servida e serviram-na crua, estava intragável, tive que mandar para trás. Nem pediram desculpa pela demora e disseram que o chefe, que não era o Cordeiro nem o outro chefe que eu costumava ver lá, não tinha revisto o pedido. O 2º pedido foi mais rápido, mas vem uma raia com um aspecto totalmente diferente do habitual e sem a manteiga noisette, sem sabor. Perguntámos porquê, explicaram que da outra vez devem ter sido mais generosos... eu conheço o prato e ali não havia manteiga, só se fosse margarina... não era menos, era zero. Pedimos o molho à parte porque estávamos com pressa, afinal de contas estávamos ali há duas horas e eles não pareciam querer colaborar... A raia estava seca e o risoto não tinha sabor a lima (era risoto de lima). Pensei que depois disto me iriam pedir montes de desculpas e até oferecer a refeição, mas nada disso. 

Depois da raia crua voltei lá para comer a galinha de caril à angolana e foi a gota final. Gostei deste prato da primeira vez, da segunda não tanto, mas estava confeccionado como deve ser. À terceira foi de vez. Acho que eles agora devem fazer arroz branco para uma semana inteira, o arroz devia ser da semana passada porque o novo arroz estava a ser colocado numa caixa transparente pelo chefe que lá estava, parecia aquelas do IKEA, nem parecia de comida, tal o seu tamanho, da panela para lá enquanto eu comia, tal e qual procedimento de cantina e o chefe que lá estava nem pareceu incomodado com toda a gente a ver tal procedimento. O meu arroz não estava muito quente, devia ser de outra remessa, e tinha salsa fresca cortada misturada. Quando havia pratos de caril, o ar costumava estar todo cheio daquele cheiro maravilhoso, na 2ª feira não, estranhei isso. Quando recebi o prato tinha por cima do arroz dois pedaços gigantes de galinha em vez dos costumeiros pedaços pequenos que se usam no caril, depois reparei que uma zona da galinha estava escura, vi que estava cozida. A galinha foi cozida à parte, ou fervida novamente depois de cozida tal era a secura que apresentava, estava cozida demais. Ou seja a galinha não foi temperada e feita no caril, foi cozida à parte! E depois adicionaram um molho falsificado, que nem a caril sabia, nem cheiro tinha, o arroz de bacalhau do meu namorado tinha mais cheiro... e ele disse que o bacalhau não estava fresco... Coitada da senhora que lá entrou a dizer que vinha da embaixada de Angola... 
A tarte no final da refeição era um género de cheesecake e vinha quente, com outra forma... e já tinha sido uma das melhores sobremesas da minha vida há uns meses...


Fim das contas fiquei com uma intoxicação alimentar, comecei a sentir-me mal e não consegui fazer a digestão. Ainda não recuperei da intoxicação alimentar que apanhei na 2ª feira, calculo que foi da galinha, porque o meu namorado não ficou doente. Estou profundamente desiludida por ver um profissional que eu sei ser um bom chefe deixar uma coisa destas acontecer... Eu nunca tinha tido uma intoxicação alimentar com indigestão na minha vida e esta durou mais de 48 horas, já perdi 1,5 kilos, é a única parte boa.

Não recomendo a ninguém... 

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